Da Revolução à bunda da Gisele

Do ideal revolucionário - libertário - guevariano resta pouco ou quase nada nos dias atuais.O sonho coletivo foi substituído pela realização pessoal e individual.Contudo,a grande derrota do legado de Che - do qual este certamente não tem culpa alguma - ,é a profunda contradição de que o capitalismo hoje lucra sobre a imagem do guerrilheiro de Rosário, em camisetas usadas por posers e fakes que entendem tanto de Ernesto quanto nós de física quântica, e em biquinis de Gisele Bündchen nas passarelas.



Outra questão pertinente acerca de sua vida é a realidade totalitária cubana.Creio que jamais concordaria com esta condição do governo castrista do qual foi irmão na vitoriosa marcha rumo à derrocada da subserviência da Ilha quanto aos Estados Unidos.Che Guevara queria libertar esta e outras nações latinas,e não apenas mudar a "patronagem"vigente.Por melhores que fossem as intenções desses novos patrões.Evo Morales,em rara lucidez,tratando da relação Bolívia-Brasil,disse a tempos atrás": - Queremos companheiros,não patrões".

Que me perdoe El Comandante,mas se vivo fosse,o revolucionário que virou ícone-pop já o teria chutado do poder.Com ternura,mas sem perder o endurecimento.